Foto de Desola Lanre-Ologun na Unsplash
Há algumas décadas as empresas perceberam o poderoso potencial que as APIs poderiam desbloquear e, desde então, a importância das APIs tem crescido de forma exponencial no mundo dos negócios e da tecnologia. Hoje, em 2023, estamos em uma era onde a integração por APIs é mais do que uma simples funcionalidade ou ferramenta – é um componente fundamental para a sobrevivência e o sucesso das organizações.
Ao lado da popularização das APIs, a Arquitetura Orientada a Eventos (Event-Driven Architecture ou EDA) tem se tornado cada vez mais fundamental. Na EDA, os sistemas são projetados para reagir a eventos específicos que podem ocorrer, que podem ser fatos relevantes ocorridos tanto interna quanto externamente. Esses eventos são transmitidos entre diferentes serviços, permitindo a comunicação e interação entre eles.
Agora, com a evolução e maturidade dessas duas formas de integrar, muitas organizações percebem que não se trata de escolher entre APIs e Eventos, mas sim de entender como elas podem coexistir de forma complementar.
Vamos considerar um exemplo do mundo real para entender como eles podem coexistir. Suponha que estamos falando de um serviço de comércio eletrônico. Quando um usuário finaliza uma compra, um evento de ‘compra concluída’ pode ser emitido. Este evento pode então disparar vários processos, como enviar uma notificação para o serviço de logística para iniciar o processo de entrega, informar o serviço de faturamento para emitir a fatura e atualizar o inventário.
Ao mesmo tempo, se precisássemos solicitar informações específicas sobre um pedido, como o preço ou a data de entrega, poderíamos usar uma API para obter esses dados diretamente do serviço relevante. Portanto, em um sistema complexo, APIs e eventos frequentemente trabalham lado a lado, cada um com suas próprias forças.
APIs fornecem uma maneira direta e simples de acessar funcionalidades específicas e dados de outro serviço, o que facilita a criação de novas funcionalidades e serviços. Elas são especialmente úteis em situações onde uma resposta imediata é necessária ou onde os dados precisam ser obtidos em tempo real.
Por outro lado, a Arquitetura Orientada a Eventos permite que os sistemas sejam altamente escaláveis e resilientes, pois os eventos podem ser processados de forma assíncrona e em paralelo. Isso pode levar a sistemas mais robustos que são capazes de lidar com cargas de trabalho pesadas e falhas de sistema, reduzindo o acoplamento entre os serviços e melhorando a capacidade de recuperar-se de falhas.
Em termos de tendências futuras, à medida que o universo de microserviços continua a se expandir, a necessidade de APIs eficientes e Arquitetura Orientada a Eventos só tende a crescer. Com a adição da computação em nuvem e a crescente popularidade dos contêineres e orquestradores como Kubernetes, a complexidade e a escala dos sistemas de TI estão aumentando. APIs e eventos ajudarão as organizações a gerenciar essa complexidade, fornecendo flexibilidade e escalabilidade.
Conclusão
Ambas as formas de integrar sistemas possuem seus benefícios e desafios, mas quando combinadas trazem uma capacidade ainda maior de resolver complexidades e melhorar a eficiência operacional. As organizações podem então construir sistemas que são ao mesmo tempo robustos, escaláveis, flexíveis e eficientes. A chave é entender como e quando usar cada um deles.
Quer saber mais?
Com mais de 20 anos de experiência em Tech, eu venho apoiando empresas a tornarem suas aplicações mais resilientes, escaláveis e flexíveis. Se precisar de ajuda para fazer isso acontecer, me procure no LinkedIn!
Não deixe de conferir esses artigos relacionados ao tema: